Engenharia Ambiental

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Autores e Obras importantes no trabalho de Educação Ambiental

GILBERTO FREYRE
BIOGRAFIA:
Filho de Alfredo Freyre, e de D. Francisca de Mello Freyre. Gilberto Freyre inicia seus estudos frequentando o jardim da infância do Colégio Americano Gilreath, em 1908. Faz seu primeiro contato com a literatura através das As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais.estudou na Universidade de Columbia nos Estados Unidos onde conhece Franz Boas, sua principal referência intelectual. Em 1922 publica sua tese de mestrado "Social life in Brazil in the middle of the 19th century" (Vida social no Brasil nos meados do século XIX,)dentro do periódico Hispanic American Historical Rewiew, volume 5. Com isto obteve o título Masters of Arts.Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933. Ocupou a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras em 1986.

BIBLIOGRAFIA:
Casa-Grande & Senzala, 1933.Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934.Sobrados e Mucambos, 1936.Nordeste: Aspectos da Influência da Cana Sobre a Vida e a Paisagem..., 1937.Assucar, 1939.Olinda, 1939.O mundo que o português criou, 1940.A história de um engenheiro francês no Brasil,1941.Problemas brasileiros de antropologia, 1943.Sociologia, 1945.Interpretação do Brasil, 1947.Ingleses no Brasil, 1948.Ordem e Progresso, 1957.O Recife sim, Recife não, 1960.Vida social no Brasil nos meados do século XIX, (1964).Brasis, Brasil e Brasília, 1968.O brasileiro entre os outros hispanos, 1975.


LEONARDO BOFF
BIOGRAFIA:
Nasceu em Concórdia, Santa Catarina, aos 14 de dezembro de 1938. Fez seus estudos primários e secundários em Concórdia-SC, Rio Negro-PR e Agudos-SP. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos.Em 8 de Dezembro de 2001 foi agraciado com o premio nobel alternativo em Estocolmo (Right Livelihood Award).Atualmente vive no Jardim Araras, região campestre ecológica do município de Petrópolis-RJ e compartilha vida e sonhos com a educadora/lutadora pelos Direitos a partir de um novo paradigma ecológico, Marcia Maria Monteiro de Miranda.É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Ecologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

BIBLIOGRAFIA
Boff, L., Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Atica, S.Paulo 1995.- Boff, L., Ecologia, mundialização, espiritualidade, Atica, S.Paulo 1996.- Boff, L., Do iceberg à arca de Noé, Garamond, Rio de Janeiro 2002.- Boff, L., Ecologia social em face da pobreza e da exclusão, em Etica da vida, Letraativa, Brasilia 2000, pp. 41-72.- Boff, L., A nova era: a civilização planetária, Atica, S.Paulo 1995.- Boff, L.,Eco-espiritualidade:sentir, pensar e amar como Terra, em Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres, Atica, S.Paulo 1995, pp.285-307.


ROBERTO CREMA
BIOGRAFIA:
Psicólogo e antropólogo do Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT), formação em diversas abordagens humanísticas e transpessoais, criador do enfoque da síntese transacional (quinta força em terapia), consultor em abordagem transdisciplinar holística e ecologia do Ser. Foi o coordenador geral do I Congresso Holístico Internacional (1987) e implementador da Formação Holística de Base, no Brasil (1989). Membro honorário da Associação Luso-Brasileira de Psicologia Transpessoal (ALUBRAT), Fellowship da Findhorn Foundation (Escócia), coordenador do CIT-Brasil e reitor da Rede UNIPAZ.

BIBLIOGRAFIA:
Análise Transacional Centrada na Pessoa ,EDITORA ÁGORA Edição 4 /1985Introdução à Visão Holística, SUMMUS EDITORIAL ,Edição 5 / 1989Novo Paradigma Holístico,SUMMUS EDITORIAL ,Edição 3 / 1991Rumo à Nova Transdisciplinaridade ,SUMMUS EDITORIAL ,Edição 5 / 1993Saúde e Plenitude ,SUMMUS EDITORIAL ,Edição 5 / 1995Visão Holística em Psicologia e Educação, SUMMUS EDITORIAL,Edição 3 / 1991


MICHELE SATO
BIOGRAFIA:
Michele Sato possui licenciatura em Biologia, mestrado em Filosofia, doutorado em Ciências e pós-doutorado em Educação. É docente associada no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], sendo colaboradora nas universidades federais de São Carlos [UFSCar, SP] e Rio Grande [FURG, RS], além da Universidade de Santiago de Compostela [Espanha]. Colabora nas comissões editoriais de diversos periódicos e é articuladora de diversas redes potencialmente ambientais. Possui várias experiências nacionais e internacionais na área de Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: fenomenologia - sustentabilidade - ecologia - arte - mitologia. É bolsista produtividade do CNPq e também escreve crônica e poesias.

BIBLIOGRAFIA:
SATO, Michele. Educação ambiental. São Carlos: EdUFSCar, 1996.SATO, Michele & SANTOS, José Eduardo. Agenda 21 em sinopse. São Carlos: EdUFSCar, 1999.SATO, Michele (Coord.) ET al. Ensino de ciências e as questões ambientais. Cuiabá: NEAD, UFMT, 1999.SATO, Michele; TAMAIO, Irineu; MEDEIROS, Heitor. Reflexos das cores amazônicas no mosaico da educação ambiental. Brasília: WWF-Brasil, 2002.SATO, Michele; MONTEIRO, Silas; ZAKREZSKI, Cláudio & ZAKREZSKI, Sônia. Ciências, filosofia e educação ambiental – links e deleites. In OLAM - Ciência e Tecnologia. Rio Claro: UNESP, ano I.


GENEBALDO FREIRE
BIOGRAFIA:
Genebaldo Freire Dias, brasileiro, Pedrinhas, SE, 3 de março de 1949. Bacharel (BD) Mestre (M.Sc) e Doutor (PhD) em Ecologia, UnB, Brasília, DF. Ocupação atual: Professor, Pesquisador e Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), onde também coordena o Projeto de Educação Ambiental.

BIBLIOGRAFIA:
Populações marginais em ecossistemas urbanos (IBAMA, Brasília)- Educação Ambiental – princípios e práticas (Gaia, SP)- Atividades interdisciplinares de educação ambiental (Gaia, SP)- Pegada Ecológica e sustentabilidade humana (Gaia, SP)- Ecopercepção: um resumo didático dos desafios socioambientais (Gaia, SP)- Antropoceno – iniciação à temática ambiental (Gaia, SP)- 40 contribuições pessoais para a sustentabilidade (Gaia, SP)- Educação e Gestão ambiental (Gaia, SP)Em processo de publicação:- Fogo, sonhos e desafios (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);- Queimadas e Incêndios Florestais – cenários e desafios: subsídios para a educação ambiental (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);- Mudança ambiental global – cenários, desafios, governança e oportunidades (prelo);- Relatório Homo Sapiens (prelo)- Dinâmicas e experimentação para educação ambiental (prelo)

2 comentários:

  1. http://www.fgf.org.br/
    VISITAÇÃO PÚBLICA


    O ambiente da Fundação Gilberto Freyre, composto pela Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, Sítio Ecológico e Museu Vivo, encontra-se aberto à visitação pública e conta com infra-estrutura para o recebimento de grupos de turista e de estudantes.

    Para as escolas, a Fundação Gilberto Freyre dispõe de um roteiro de visita especial, que contempla ações de caráter pedagógico. Para tanto, as vistações escolares devem ser agendadas previamente.


    Horário: segunda a sexta, das 9 às 17h (última entrada às 16h30).

    Agendamento: (81) 3441.1733 ou visitas@fgf.org.br.

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  2. O outro Brasil que vem aí

    Gilberto Freyre


    Eu ouço as vozes
    eu vejo as cores
    eu sinto os passos
    de outro Brasil que vem aí
    mais tropical
    mais fraternal
    mais brasileiro.
    O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
    terá as cores das produções e dos trabalhos.
    Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
    terão as cores das profissões e regiões.
    As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
    terão as cores variamente tropicais.
    Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
    todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
    o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
    Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
    lenhador
    lavrador
    pescador
    vaqueiro
    marinheiro
    funileiro
    carpinteiro
    contanto que seja digno do governo do Brasil
    que tenha olhos para ver pelo Brasil,
    ouvidos para ouvir pelo Brasil
    coragem de morrer pelo Brasil
    ânimo de viver pelo Brasil
    mãos para agir pelo Brasil
    mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
    mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil
    mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
    mãos livres
    mãos criadoras
    mãos fraternais de todas as cores
    mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
    sem Irineus
    sem Maurícios de Lacerda.
    Sem mãos de jogadores
    nem de especuladores nem de mistificadores.
    Mãos todas de trabalhadores,
    pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
    de artistas
    de escritores
    de operários
    de lavradores
    de pastores
    de mães criando filhos
    de pais ensinando meninos
    de padres benzendo afilhados
    de mestres guiando aprendizes
    de irmãos ajudando irmãos mais moços
    de lavadeiras lavando
    de pedreiros edificando
    de doutores curando
    de cozinheiras cozinhando
    de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
    Mãos brasileiras
    brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
    tropicais
    sindicais
    fraternais.
    Eu ouço as vozes
    eu vejo as cores
    eu sinto os passos
    desse Brasil que vem aí.


    Poema escrito em 1926 e publicado no livro "Poesia Reunida", Editora Pirata - Recife, 1980, que nos foi enviado pelo escritor Antônio Prata, a quem agradecemos.


    Conheça a vida e a obra de Gilberto Freyre visitando "Biografias".

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