Engenharia Ambiental

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Rondônia revoga proteção a florestas

A pedido do governo, a Assembleia Legislativa de Rondônia revogou a proteção estadual de quase 1 milhão de hectares da Amazônia.

O ato foi formalizado por leis complementares, aprovadas há dez dias. Elas extinguiram sete unidades de conservação que somam pouco mais de 973 mil hectares – o equivalente a mais de seis cidades de São Paulo.

As revogações são parte do processo de redefinição das áreas protegidas no Estado.

Em junho, outras quatro haviam sido revogadas e incorporadas a florestas protegidas pelo governo federal. Neste último caso, a incorporação não aconteceu.

Dados do ISA (Instituto Socioambiental) indicam que, antes das mudanças, havia aproximadamente 4,4 milhões de hectares sob proteção estadual em Rondônia. Agora, são 3,1 milhões.

De acordo com o governo, a revogação das sete unidades (uma delas com 425 mil hectares) apenas formalizou uma situação que já existe.

Luiz Cláudio Fernandes, coordenador de unidades de conservação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, disse que as áreas não eram consideradas protegidas desde 2000, quando foi aprovado o ordenamento territorial de Rondônia.

Teoria - “Só existiam no papel. Foram criadas na década de 90, por decreto, mas nunca fizeram nada para pôr em prática [a proteção]. Estamos tecnicamente aliviados”, disse.

“Foi uma decisão de técnicos imbuídos do melhor espírito ambientalista”, afirmou.

O coordenador negou que fosse possível adequar a antiga legislação, pois, segundo ele, as unidades estão quase inteiramente ocupadas por produtores rurais.

Fernandes disse que mesmo o Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) já assentou pessoas nas ex-unidades.

“Ele assentava, mas, na hora de tirar o título da terra, não conseguia”, afirmou.

Dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) indicam que Rondônia é o terceiro Estado que mais desmata suas florestas, atrás somente de Mato Grosso e Pará. (Fonte: Folha.com)

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Desmatamento na Amazônia cai 49% em quase um ano, diz ministério

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta segunda-feira (9) que, entre agosto de 2009 e junho de 2010, houve uma redução de 49% no desmatamento no bioma amazônico, na comparação com o mesmo período entre 2008 e 2009. Enquanto o balanço atual indica que foram desmatados 1.808,55 quilômetros quadrados (km²), no penúltimo levantamento o desmatamento atingiu 3.536,68 km².

Apesar da redução, a região desmatada entre agosto de 2009 e junho deste ano equivale às áreas das cidades de São Paulo (1,522 km²) e Belo Horizonte (330 km²) juntas ou a 220 mil campos de futebol.

Os dados são do Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), sistema utilizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para medir o desmatamento. Dos Estados que compõem a região Amazônica, o Pará foi o que teve o maior desmatamento em junho, com 160,6 km².

O município de Novo Progresso, que costuma ser o campeão de desmatamento, também apresentou uma redução de 66% de destruição, comparado o ano passado com esse ano. Enquanto entre 2008 e 2009, foram destruídos 168,6 km², de 2009 para 2010 o índice caiu para 57,23 km².

Segundo o presidente do Inpe, Gilberto Câmara, o Brasil é líder mundial no uso de satélites para monitorar o desmatamento em florestas tropicais. Ele disse que há intenção, inclusive, de importar esta tecnologia para países africanos e latino-americanos para identificar suas áreas de florestas tropicais com os problemas de devastação.

Câmara, contudo, demonstrou cautela ao falar da significativa queda no desmatamento. Ele afirmou que os índices resultantes dos monitoramentos, via satélite, são prejudicados pela cobertura de nuvens nos locais além dos pequenos desmatamentos não detectados pelo equipamento.

A ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, afirmou que houve uma mudança na estratégia de combate ao desmatamento na região, incluindo, além dos latifúndios, as pequenas e médias propriedades.

“A estratégia focava as grandes propriedades, mas há também os ‘puxadinhos’. São as áreas menores, que começaram a ser significativas [no índice de desmatamento] ao longo dos anos”, explicou. “O resultado é muito bom e sinaliza uma tendência apresentada já no ano passado”, disse a ministra.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, avaliou que os resultados são consequência do avanço tecnológico no sistema de monitoramento da Amazônia, que deve nos próximos anos deve receber mais dois satélites. Em 2011, deve ser lançado o satélite Cbers-3 e, em 2012, está previsto o início das operações do Amazônia 1. (Fonte: Camila Campanerut/ UOL Notícias)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Uma única tempestade derrubou meio bilhão de árvores na Amazônia

"Cientistas americanos e brasileiros conseguiram uma contagem precisa do dano causado por uma tempestade de 2005"

Uma única, violenta e avassaladora tempestade que varreu toda a floresta amazônica em 2005 pode ter destruído meio bilhão de árvores, diz um estudo americano.

Embora tempestades sejam uma causa conhecida de mortes de árvores na Amazônia, o novo estudo - feito por especialistas da Tulane University, em Nova Orleans, em parceria com cientistas brasileiros do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e da Unesp - é o primeiro a oferecer uma contagem mais precisa.

Segundo seus autores, o trabalho revela perdas muito maiores do que se pensava, sugerindo que tempestades cumprem um papel bem mais importante do que se supunha na dinâmica da floresta amazônica.

Os cientistas advertem que, por causa das mudanças climáticas, tempestades violentas deverão se tornar mais frequentes na região, matando mais árvores e, consequentemente, aumentando as concentrações de carbono na atmosfera. O estudo será publicado na revista científica Geophysical Research Letters.

Estudo
Uma pesquisa anterior tinha atribuído um aumento na mortalidade de árvores em 2005 na região a uma seca prolongada que afetou partes da floresta naquele ano. Mas o estudo recente identificou uma área não atingida pela seca onde houve grande perda de árvores (a região de Manaus).

Segundo os cientistas, entre 16 e 18 de janeiro de 2005, uma única linha de instabilidade com 1000 km de comprimento e 200 km de largura cruzou toda a bacia amazônica de sudoeste a nordeste, levando tempestades violentas, com raios e chuvas pesadas, provocando várias mortes nas cidades de Manaus, Manacaparu e Santarém.

Ventos verticais fortes, com velocidades de 145 km/hora, arrancaram ou partiram árvores ao meio. Em muitos casos, ao cair, as árvores atingidas derrubaram outras a seu redor. Para calcular o número de árvores mortas, os pesquisadores usaram uma combinação de imagens de satélite, contagens feitas por especialistas em áreas pré-selecionadas da floresta e modelos matemáticos.

O uso associado de imagens de satélite e observações feitas no campo permitiu que os pesquisadores incluíssem quedas de grupos menores de árvores (menos de dez unidades) que não podem ser detectadas pelo satélite.

Os cálculos iniciais, relativos a áreas afetadas pela tempestade na região de Manaus, foram depois usados como base para se chegar ao número total de mortes em toda a floresta.

Os cientistas concluíram que entre 441 e 663 milhões de árvores foram destruídas em toda a floresta. Nas regiões mais atingidas, cerca de 80% das árvores foram atingidas. Linhas de instabilidade que se movem de sudoeste a nordeste na Amazônia são raras e pouco estudadas, disse Robinson Negrón-Juárez, da equipe da Tulane University.

Tempestades destrutivas que avançam na direção oposta, da costa nordeste para o interior do continente, são mais comuns - ocorrendo até quatro vezes por mês - e também provocam grandes quedas de árvores.

O que é bastante incomum são tempestades que cruzam toda a bacia Amazônica, como a de 2005, explicou Negrón-Juarez. "Precisamos começar a medir a perturbação causada pelos dois tipos de linhas de instabilidade sobre a floresta", ele disse. "Precisamos dessas informações para calcular a perda total de biomassa nesses eventos naturais, algo que nunca foi quantificado".

Outro cientista da equipe, Jeffrey Chambers, acrescentou: "Com as mudanças climáticas, há previsões de que as tempestades aumentem em intensidade. Se começarmos a observar aumentos na mortalidade das árvores, precisamos ser capazes de estabelecer o que está matando as árvores".

Fonte: Link:
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/uma+unica+tempestade+derrubou+meio+bilhao+de+arvores+na+amazonia+diz+estudo/n1237715040221.html

terça-feira, 6 de julho de 2010

Demanda por profissionais "verdes"

Demanda por profissionais "verdes" se manterá alta no futuro
Para professor do Insper e coordenador do Senac-SP, procura por profissões ligadas ao meio ambiente não é momentânea

Nesta quinta-feira (22) comemora-se o Dia da Terra. Especialmente nesta data, muitos começam a pensar no melhor modo de cuidar bem dela. O assunto é tão sério que a cada ano novas carreiras e profissionais "verdes" surgem. E, de acordo com especialistas, esse cenário não é passageiro. Ao menos no Brasil, o futuro de profissões ligadas ao meio ambiente é promissor. Mas para quem for qualificado.

Para o professor de Gestão de Pessoas do Insper, Marcus Sousa, profissões "verdes" surgem no mercado de trabalho hoje e surgirão no futuro. “Países em desenvolvimento têm e terão cada vez mais demanda por esse tipo de profissional”, afirma. “O Brasil é um País hídrico e que tem muitos problemas ambientais para serem resolvidos”, ressalta.

O coordenador da área de Meio Ambiente e Saúde do Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, Alcir Vilela, também vê um bom cenário para esses profissionais. Para ele, a demanda por cursos "verdes" não é momentânea. “Existem cursos cuja demanda é pontual, no caso daqueles ligados ao meio ambiente isso não acontece, porque o mercado se constrói em cima de uma demanda da sociedade como um todo”, afirma. E vai mais longe: “esse mercado tem oportunidades geradas por causa de problemas. E os problemas permanecem”.

Mercado promissor para quem gosta

Os especialistas ouvidos concordam que a demanda por profissionais ligados ao meio ambiente não é fruto de uma febre ecologicamente correta. Porém, aqueles que pretendem ingressar na área precisam ser qualificados. “O mercado vem se solidificando e está cada vez mais exigente, o que é compreensível, porque essa área está se aproximando dos setores estratégicos das empresas”, explica Vilela.

Exatamente por exigir tamanha qualificação, Vilela afirma que é preciso gostar e muito da área, uma vez que não é fácil atuar nela. “Tem de gostar, porque é uma área relativamente nova, o que exige muito estudo, pois os processos não estão consolidados”, ressalta o coordenador do Senac. “É impossível você ser bom em uma coisa que você não gosta”, reforça.

Saber trabalhar em equipe, ter capacidade de lidar com situações de conflito de interesses e ter perfil empreendedor também estão na lista das habilidades que os profissionais "verdes" devem ter para conseguir atuar. “Diferentemente de muitas profissões que têm públicos específicos, o público de meio ambiente é qualquer pessoa do mundo. Todo mundo consome meio ambiente”, ressalta Vilela.

Exatamente por isso, nessa área, é preciso saber dialogar. “Sempre vai haver uma tensão, porque as pessoas têm expectativas diferentes”, lembra.

Para Sousa, do Insper, além disso, conviver com a natureza é fundamental. “O perfil geral é formado por pessoas que gostem da relação com o meio ambiente. As grandes questões surgem dessa vivência”, considera.

Com todas essas habilidades na lista, aliada à competência, a chance de o profissional crescer na área é grande. Os ganhos, de acordo com Vilela, dependem muito do campo de atuação desse profissional – que pode ser em Organizações Não-Governamentais e em empresas dos setores público e privado.

Profissões do futuro

No cenário atual, Vilela acredita que perfis ligados à gestão e engenharia ambiental são os que têm maior demanda. “Hoje, o setor industrial requer mais o engenheiro ambiental, porque ele está ligado a processos produtivos”, diz. No setor de serviços, o gestor é mais requisitado, principalmente na área financeira, que procura atrelar o conceito de sustentabilidade em suas ações.

Já Sousa, do Insper, enxerga algumas profissões que devem ser promissoras daqui há alguns anos. Além das mais conhecidas hoje, ele acredita que o mercado pode começar a ficar de olho em algumas mais específicas, como Avaliador de Créditos de Carbono, Gestor de Empresas do Terceiro Setor e Gestor de Manejo Ambiental (incluindo as especificações em Manejo Florestal, Hídrico e Geológico).

“No caso do geológico, que lida com os impactos que as minas trazem ao ambiente, a demanda hoje já é grande”, afirma. Sousa ainda acredita que a busca por tecnologias para reaproveitamento de água também eleva a procura por profissionais especializados nesse tema.

Entre as profissões "verdes" do futuro listadas por Sousa, estão incluídas Arqueologia Submarina e Tecnologia em Baterias e Células Combustíveis Automobilísticas. “No desenvolvimento de carros elétricos, é preciso células pequenas e duráveis. Esses profissionais atuam no desenvolvimento dessa tecnologia”, explica o professor.

Temática recorrente

Ainda que novos cursos surjam hoje ou no futuro, o meio ambiente deve ser inserido no currículo de cursos tradicionais. Direito e Administração Ambiental são exemplos.

Data: 22/06/2010

Comissão aprova novo Código Florestal

Criticado por ambientalistas, texto só deve ir a plenário após eleições

Por 13 votos a 5, a comissão especial formada para analisar a reforma do Código Florestal Brasileiro aprovou, na tarde desta terça-feira, o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Alvo de críticas de parlamentares ruralistas e ambientalistas, o texto altera a legislação há 45 anos em vigor.

Aprovada em sessão marcada por tumultos, a nova redação recebeu modificações de última hora. Sob pressão de órgãos ambientais, Rebelo recuou em pontos polêmicos. Embora tenha feito concessões a ambas as correntes, o relatório foi comemorado como uma vitória da bancada ruralista, ligada aos produtores rurais.

Para o relator Aldo Rebelo, o texto apresenta pontos tanto favoráveis quanto contrários a ruralistas e ambientalistas. "Para um lado ou para o outro, não foi 100% (do que eles queriam). Mas para a sociedade tentamos, dentro do possível, fazer o melhor", assinalou.

Rebelo argumenta: "Para os ambientalistas, evitamos novos desmatamentos por cinco anos. Já os agricultores passarão a ser regularizados". Os nove destaques apresentados ao substitutivo do relator foram rejeitados. O projeto segue agora para votação na Câmara dos Deputados. A previsão, porém, é que seja levado a plenário depois das eleições.

A sessão começou com uma hora de atraso, pois o texto final apresentado pelo relator não havia ficado pronto. A reunião foi marcada por desentendimentos entre parlamentares e por protestos de ambas as correntes. Durante a votação, três manifestantes do Greenpeace atrasaram os trabalhos por cerca de 15 minutos ao ostentarem cartazes com os dizeres: "Não vote em quem mata florestas".

Pela manhã, o ruralista Luis Carlos Heinze (PP-RS) chamou o ambientalista José Sarney Filho (PV-MA) de "filho do maior entreguista da história do país". Após bate-boca, Sarney Filho rebateu classificando Heinze de dono de "terra improdutiva". À tarde, o verde solicitou à polícia legislativa que expulsasse do plenário um produtor rural, que, alega, havia ofendido sua família.

Confira como votaram os parlamentares:

À favor do relatório: Anselmo de Jesus (PT-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Homero Pereira (PR-MT), Moacir Micheletto (PMDB-PR), Paulo Piau (PMDB-MG), Ernandes Amorim (PTB-RO), Marcos Montes (DEM-MG), Moreira Mendes (PPS-RO), Duarte Nogueira (PSDB-SP), Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Valdir Colatto (PMDB-SC), Eduardo Sciarra (DEM-PR).

Contra o relatório: José Sarney Filho (PV-MA), Ivan Valente (PSOL-SP), Dr. Rosinha (PT-PR), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)

fonte (link): http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/comissao+aprova+novo+codigo+florestal/n1237700765877.html

quarta-feira, 23 de junho de 2010

"O que reciclar"

Saiba o que pode ser encaminhado para a coleta seletiva e o que deve ir para o lixo comum.

PAPEL

O que recicla:
papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens longa-vida, listas telefônicas, livros
O que não recicla:
papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou palstificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesiva

PLÁSTICO

O que recicla:
sacos, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, PET (como garrafas de refrigerante), canos e tubos, plásticos em geral
O que não recicla:
plásticos termofixos (usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos), embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos), isopor

VIDROS

O que recicla:
garrafas de bebida, frascos em geral, potes de produtos alimentícios, copos
O que não recicla:
espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas*, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores

* O ideal é que esse material seja embalado e descartado em locais que encaminhem para a descontaminação. Saiba mais aqui.

METAIS

O que recicla:
latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco), latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas), tampas de garrafa, embalagens metálicas de congelados, folha-de-flandres
O que não recicla:
clips, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos

Fonte: Akatu

Prática Sustentável

Sabão feito com óleo de cozinha

Uma forma de diminuir o efeito estufa e a contaminação das águas

A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para diminuir o aquecimento global. O professor do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Alexandre D'Avignon, explica que a decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera. O metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa, que contribui para o aquecimento da terra. Segundo ele, o óleo de cozinha que muitas vezes vai para o ralo pia acaba chegando no oceano pelas redes de esgoto.


Em contato com a água do mar, esse resíduo líquido passa por reações químicas que resultam em emissão de metano. "Você acaba tendo a decomposição e a geração de metano, através de uma ação anaeróbica [sem ar] de bactérias".


Além disso, um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água - o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos. Isso acontece porque o óleo impede a troca de oxigênio e mata todos os seres vivos como plantas, peixes e microorganismos. E ele também impermeabiliza o solo contribuindo para as enchentes.


Mas o que fazer com o óleo vegetal que não será mais usado? A maioria dos ambientalistas concorda que não existe um modelo de descarte ideal do produto. Uma das alternativas é reaproveitar o óleo de cozinha para fazer sabão. A receita é simples e está no final desta matéria.


D'Avignon defende que quanto mais o cidadão evitar o descarte do óleo no lixo comum, mais estará contribuindo para preservar o meio ambiente. Segundo ele, uma das soluções é entregar o óleo usado a um catador de material reciclável ou diretamente a associações que façam a reciclagem do produto.


"Se nós conseguirmos dar algum valor de compra desse óleo para o catador, para que ele seja usado na produção de biodiesel, a gente vai fazer com que haja um ciclo de vida desse produto, para que ele volte para o sistema produtivo e produza biodiesel e isso substitua o consumo de óleo diesel", sugere o professor.


Receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha

Material
5 litros de óleo de cozinha usado
2 litros de água
200 mililitros de amaciante
1 quilo de soda cáustica em escama

Preparo
Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente
Coloque, com cuidado, a água fervendo
Mexa até diluir todas as escamas da soda
Adicione o óleo e mexa
Adicione o amaciante e mexa novamente
Jogue a mistura numa fôrma e espere secar
Corte o sabão em barras

Atenção: A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios de madeira ou plástico para preparar a mistura.

Por: Irene Lôbo

Fonte:
Agência Brasil
Globo

A Carta da Terra

Carta da Terra

PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.


Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra , nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.


A Situação Global

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.


Desafios Para o Futuro

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais , não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano.

Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.


Responsabilidade Universal

Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza.

Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada.


PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.

a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.

b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.


2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.

a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.

b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica responsabilidade na promoção do bem comum.


3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu pleno potencial.

b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.


4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.

a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.

b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, em longo prazo, a

prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.


Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessário:

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA


5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.

a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.

b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.

c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas.

d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses organismos daninhos.

e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade dos ecossistemas.

f. Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.


6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.

a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.

b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.

c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas conseqüências humanas globais, cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance.

d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.

e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.


7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.

a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.

b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.

c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais saudáveis.

d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.

e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.

f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.


8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.

a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.

b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.

c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.


III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA


9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.

a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e internacionais requeridos.

b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que não são capazes de manter-se por conta própria.

c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e permitir-lhes

desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.


10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.

a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.

b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.

c. Garantir que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.

d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com

transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas

atividades.


11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.

a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.

b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.

c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os membros da família.


12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.

b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.

c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.

d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.


IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça.

a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.

b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.

c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de associação e de oposição.

d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.

e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.

f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.


14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.

a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.

b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.

c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.

d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável.


15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.

a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimentos.

b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.

c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.


16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.

b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.

c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.

d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.

e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz.

f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.


O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.

Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.

A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.

Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.

Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.

Fonte: http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/carta_terra.doc


Links recomendados sobre A Carta da Terra:

http://www.cartadaterra.org/index.html

http://www.reviverde.org.br/CARTAdaTERRA.pdf

http://www.paulofreire.org/cartat.htm

http://www.vitaecivilis.org.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&paginaId=2008

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CONPAM

COMPETÊNCIAS COORDENADORIA DE POLÍTICAS AMBIENTAIS– COPAM/CONPAM

A Coordenadoria de Políticas Ambientais tem como atribuições propor, coordenar, planejar, elaborar, implementar e acompanhar as políticas, os programas e projetos estratégicos ambientais, em consonância com a Política Nacional de Meio Ambiente, e ainda acompanhar as discussões e deliberações dos diversos colegiados referentes à questão ambiental.

* Propor, coordenar, planejar, elaborar, implementar e acompanhar as políticas, estratégias, programas e projetos relacionados à gestão dos recursos naturais, biodiversidade e florestas, contribuindo com a definição e implementação da política ambiental do Estado, em parceria com a Vinculada;
* Sistematizar todos os programas e projetos na área ambiental;
* Elaborar anualmente, o Relatório de Qualidade Ambiental do Estado do Ceará, em consonância com a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente;
* Representar o CONPAM, quando delegado pelo Presidente;
* Participar da elaboração e revisão de leis e decretos relacionados ao CONPAM;
* Avaliar, selecionar e encaminhar os processos recebidos a serem analisados pelas respectivas células;
* Zelar pela manutenção, uso e guarda do material de expediente e dos bens patrimoniais da Coordenadoria;
* Acompanhar o andamento e implementação das proposições do Órgão Colegiado, encaminhadas à Coordenadoria;
* Desempenhar outras tarefas compatíveis com suas atribuições face à determinação do Presidente.


A Célula de Gestão Ambiental tem as seguintes atribuições:

* Elaborar projetos e criar mecanismos que propiciem o fortalecimento do Sistema Estadual de Meio Ambiente - SEMA;
* Elaborar e acompanhar o Plano Estadual de Meio Ambiente;
* Coordenar a implantação do Zoneamento Ecológico - Econômico do Estado;
* Definir indicadores ambientais;
* Avaliar a qualidade ambiental a partir dos indicadores definidos;
* Dar suporte à descentralização do processo de gestão ambiental;
* Apoiar o fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal;
* Promover a interiorização da execução da política ambiental a partir da criação de escritórios regionais gerenciados pela SEMACE e da articulação com outros órgãos e entidades que se interessem em centrar esforços para a efetividade da política estadual do meio ambiente;
* Promover a gestão ambiental, a partir da descentralização das ações entre os diversos entes da administração pública estadual;
* Criar mecanismos de monitoramento e avaliação da implementação da política de gestão ambiental municipal;
* Estimular a implantação nas empresas de certificações ambientais;
* Executar outras atividades correlatas.


Programas e Projetos do COPAM:
Orla
P2R2
PNC
Previna
Prodetur
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Selo Município Verde
ZEE

domingo, 30 de maio de 2010

Seminário - COGERH



O professor Marcos Vieira deu a oportunidade de visitarmos a COGERH (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos). Lá apredemos um pouco sobre Licenciamento Ambiental.

A COGERH tem como missão:
Gerenciar os Recursos Hídricos de domínio do Estado do Ceará e da União, de forma integrada, descentralizada e participativa, incentivando o uso racional, social e sustentado, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

Psicologia Ambiental


A Psicologia Ambiental trata do relacionamento recíproco entre comportamento e ambiente físico, tanto construído quanto natural. Mantém interface com áreas de estudo tais como a sociologia e antropologia urbana, ergonomia, desenho industrial, paisagismo, engenharia florestal, arquitetura, urbanismo e geografia, entre outras. Na medida em que estas áreas estudam diferentes aspectos da organização de espaço/ambiente físico e sua relação recíproca com o ser humano, encontra-se freqüentemente, o termo relações indivíduo-ambiente para caracterizar este campo de estudo.
Por sua característica interdisciplinar e por ser um campo que possibilita o estudo de fenômenos os mais diversos, a Psicologia Ambiental utiliza uma abordagem multi-metodológica. O que determina a escolha do método é o problema em estudo em cada situação. Quase toda pesquisa se orienta para a resolução de um problema prático e no meio termo procura também avançar o conhecimento teórico da área, sob o modelo da pesquisa-ação.

Fonte:http://beco-do-bosque.net/IN/que_e_psiamb.htm

Elomar Figueira Mello


Aos 21 de dezembro de 1937, nasceu Elomar Figueira Mello, primogênito do casal Ernesto Santos Mello e D. Eurides Gusmão Figueira Mello.Enquanto seu pai se ausentava por períodos na lida de tanger boiadas, D. Eurides, ao som da velha máquina de costura, ganhava o pão, ao tempo em que embalava o frágil menino. Aos sete anos de idade, seus pais deixaram a vida urbana, transferindo-se para o campo, No São Joaquim, berço da 2" infância, cursou parte do primário escolar, completando este e o ginasial na cidade no ano de 1953. No ano seguinte, deixa o curral e os folguedos da vida pastoril, para ir cursar o científico no Palácio do Conde dos Arcos em Salvador. Em 1956, interrompe o curso e volta à terra natal para servir ao exército, passando a morar com sua avó paterna na mesma fazenda, vizinho bem próximo da velha casa onde nasceu. A partir dos dezoito anos, a casa de mãe Neném, sua avó, será sua morada toda vez que voltar de férias da capital. Esta preferência de habitação deve-se ao fato único de mãe Neném, em sendo católica apostólica, ter sido mais tolerante com o tipo de vida do moço poeta, de perfil boêmio. Em 1957, novamente em Salvador, conclui o científico. Em 1959, faz o vestibular para arquitetura. Conclui o curso em 1964, e regressa ao Sertão para, tendo a arquitetura como suporte econômico mínimo, escrever sua obra. Assim que ouviu os primeiros acordes de viola, violão e sanfona e as primeiras estrofes das tiranas dos côcos e parcelas dos três Zés(Zé Krau, Zé Guelê e Zé Serrado), têm início as primeiras fugidas de casa, pelas bocas-de-noite, não só para ouvir como também, para aprender os primeiros tons no braço do violão, o qual será, a partir dali, seu instrumento definitivo. Note-se bem que estas proezas davam-se às voltas e muito às escondidas, pois naquela época, tocador de violão, viola ou sanfona, era sinônimo de irresponsável. As primeiras composições datam dos onze anos. Em 1959-1960, começam a lhe chegar idéias de trabalhos maiores em envergadura e vai compondo aleatoriamente o ciclo das canções. Contudo, sempre preso à mesma temática, as vicissitudes do homem, seus sofrimentos, suas alegrias na terrível travessia que é a sua vida e, sobretudo, seu relacionamento com o Criador. Isto, é claro, a partir do seu elemento circunstancial, o Sertão, verdadeiramente, onde vive. Em 1966, casa-se com Adalmária, doutora em Direito, e filha da capital, contudo de orígem "sertaneza", da qual nascem Rosa Duprado, João Ernesto e João Omar. Enquanto muito trabalha à arquitetura menos vai compondo, sonhando com certa estabilidade econômica (que nunca chegou) para dedicar-se integralmente à música. Em 1969, sela o caderno da sua primeira ópera, o "Auto do Catingueira", mais tarde, parcialmente partiturada, face o caráter popular da obra. Durante a década de 70, projetou muito da arquitetura e um pouco mais na música. No começo dos anos 80 inicia a carreira de peregrino menestrel, de viola na mão, errante, de palco em palco pelos teatros do país, conquistando uma pequena platéia. A partir de 1984, ainda na fase das canções, começa a esboçar a seqüência das óperas e das antífonas. Atualmente, Figueira Mello já um pouco mais adiantado na estrada, aos seus 63 anos de idade, continua compondo intensamente, varando os dias e as noites sem descanso. No seu labutar, confessa que tem de escrever sem perda de tempo, pois que a obra é imensa e o tempo já declina pela tarde. Já deixou a Casa dos Carneiros, na Gameleira, onde demorou por um bom tempo de sua vida e donde saiu o grosso do ciclo das canções. Ali de volta, pretende concluir sua obra bem longe, bem distante dos mundos urbanos, pois que não só sua obra, como também sua própria pessoa, não é outra coisa senão antagônicos dissidentes irrecuperáveis de sua contemporaneidade tendo em vista sua formação estritamente clássica e regionalista. Assim, para Figueira Mello o que importa é concluir suas óperas, antífonas e galopes, pôr tudo em partituras a nanquim e enfardados em campa antiga, guardar o monobloco passageiro do tempo até a estação futura, bem-vinda quadra remota, onde o aguarda uma geração que, por justiça, haverá por certo de ouvir e amar sua música tão fora de moda nestes dias.
ZEFINHA
Ô Zefinha
O luar chegou meu bem
Vamos pela estrada que teu pai passou
Quando era criancinha igual você também
Ô Zefinha
essa é a terra de ninguém
Guarda na lembrança ela é a esperança
Dos filhos da terra
Que a terra não tem
Dos filhos da terra
Que a terra não tem
Nela o teu pai nasceu e se criou
E se Deus quiser
Um dia há de morrer também
E se Deus quiser
Um dia há de morrer também
Ôôôô... Zefinha
Ouve o seu pai meu bem
Ama essa terra que nosso Sinhô
Um dia batizô a terra de ninguém
Ôôôô... Zefinha
Veja quantos ranchos tem
Nessa terra os homi planta, colhi e comi
Louvando Jesus na terra de ninguém
Louvando Jesus na terra de ninguém
FONTE: http://www.elomar.com.br/biografia.html

ILUMINISMO


No século XVIII, uma nova corrente de pensamento começou a tomar conta da Europa defendendo novas formas de conceber o mundo, a sociedade e as instituições. O chamado movimento iluminista aparece nesse período como um desdobramento de concepções desenvolvidas desde o período renascentista, quando os princípios de individualidade e razão ganharam espaço nos séculos iniciais da Idade Moderna. No século XVII o francês René Descartes concebeu um modelo de verdade incontestável. Segundo este autor, a verdade poderia ser alcançada através de duas habilidades inerentes ao homem: duvidar e refletir. Nesse mesmo período surgiram proeminentes estudos no campo das ciências da natureza que também irão influenciar profundamente o pensamento iluminista. Entre outros estudos destacamos a obra do inglês Isaac Newton. Por meio de seus experimentos e observações, Newton conseguiu elaborar uma série de leis naturais que regiam o mundo material. Tais descobertas acabaram colocando à mostra um tipo de explicação aos fenômenos naturais independente das concepções de fundo religioso. Dessa maneira, a dúvida, o experimento e a observação seriam instrumentos do intelecto capazes de decifrar as “normas” que organizam o mundo.o método utilizado inicialmente por Newton acabou influenciando outros pensadores que também acreditavam que, por meio da razão, poderiam estabelecer as leis que naturalmente regiam as relações sociais, a História, a Política e a Economia. Um dos primeiros pensadores influenciados por esse conjunto de idéias foi o britânico John Locke[foto]. Segundo a sua obra Segundo Tratado sobre o Governo Civil, o homem teria alguns direitos naturais como a vida, a liberdade e a propriedade. No entanto, os interesses de um indivíduo perante o seu próximo poderiam acabar ameaçando a garantia de tais direitos. Foi a partir de então que o Estado surgiria como uma instituição social coletivamente aceita na garantia de tais direitos.
Um outro importante pensador do movimento iluminista foi Jean-Jaques Rousseau, que criticava a civilização ao apontar que ela expropria a bondade inerente ao homem. Para ele, a simplicidade e a comunhão entre os homens deveriam ser valorizadas como itens essenciais na construção de uma sociedade mais justa. Entretanto, esse modelo de vida ideal só poderia ser alcançado quando a propriedade privada fosse sistematicamente combatida.
A difusão do iluminismo acabou abrindo portas para novas interpretações da economia e do governo. A fisiocracia defendia que as produções das riquezas dependiam fundamentalmente da terra. As demais atividades econômicas era apenas um simples desdobramento da riqueza produzida em terra. Além disso, a economia não poderia sofrer a intervenção do Estado, pois teria formas naturais de se organizar e equilibrar. Ao mesmo tempo, o iluminismo influenciou as monarquias nacionais que viam com bons olhos os princípios racionalistas defendidos pelo iluminismo. Essa adoção dos princípios iluministas por parte das monarquias empreendeu uma modernização do aparelho administrativo com o objetivo de atender os interesses dos nobres e da burguesia nacional.

FONTE: http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/iluminismo.htm

Materialismo, Positivismo, Dialética, Práxis:

Materialismo,Positivismo,Dialética,Práxis

MATERIALISMO


Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito, Marx escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece polêmica com Proudhon:
As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.
Tal afirmação, defendendo rigoroso determinismo econômico em todas as sociedades humanas, foi estabelecida por Marx e Engels dentro do permanente clima de polêmica que mantiveram com seus opositores, e atenuada com a afirmativa de que existe constante interação e interdependência entre os dois níveis que compõe a estrutura social: da mesma maneira pela qual a infra-estrutura atua sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, embora, em última instância, sejam os fatores econômicos as condições finalmente determinantes.
FONTE: http://www.coladaweb.com/filosofia/materialismo-historico

POSITIVISMO

O positivismo foi uma corrente filosófica cujo mentor e iniciador principal foi Auguste_Comte, (1798-1857) no século XIX. Apareceu como reação ao idealismo, opondo ao primado da razão, o primado da experiência sensível (e dos dados positivos). Propõe a idéia de uma ciência sem teologia ou metafísica, baseada apenas no mundo físico/material. O método científico é o único válido para se chegar ao conhecimento. Reflexões ou juízos que não podem ser comprovados pelo método científico, como os postulados da metafísica, não levam ao conhecimento e não têm valor.
Entre suas formulações principais, está a que considera que as sociedades humanas passam por três estágios de evolução histórica. O primeiro é o teológico, no qual os fenômenos são apresentados como sendo produzidos pela ação de seres sobrenaturais que interferem arbitrariamente no mundo. O segundo é o metafísico, no qual os fenômenos são engendrados por forças abstratas. O último estágio é o positivo, em que o ser humano desiste de procurar as causas íntimas dos fenômenos para, através da observação e do método científico, estabelecer as leis gerais que os regem. O estado positivo, portanto, corresponde à maturidade do espírito humano que não é mais enganado por explicações vagas, uma vez que pode alcançar o real, o certo e o preciso.
CURIOSIDADE: - A frase “Ordem e Progresso” que encontramos na bandeira brasileira é de inspiração positivista.
FONTE: http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/positivismo.html
http://www.guia.heu.nom.br/positivismo.htm


DIALÉTICA

A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas unidade das contradições, identidade: "a dialética é ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de sua luta." (Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad. Carlos N. Coutinho, 1979, p. 192). Os momentos contraditórios são situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro; não se misturam, mas o conteúdo, considerado como unilateral é recaptado e elevado a nível superior. A dinâmica TESE+ANTITESE=SÍNTESE expressa a contundência deste ensinamento, afirmando que tudo é fruto da luta de idéias e forças, que na sua oposição geram a realidade concreta, que uma vez sendo síntese da disputa, torna-se novamente tese, que já carrega consigo o seu oposto a antítese, que numa nova luta de um ciclo infinito gerará o novo. A nova síntese. A hipótese fundamental da dialética é de que não existe nada eterno, fixo, pois tudo está em perpétua transformação, tudo está sujeito ao contexto histórico. Outro elemento é a ideia de totalidade, a percepção da realidade social como um todo que está relacionado entre si. Há também as contradições internas da realidade, em relação ao valor e não valor, lucro ou não lucro, por exemplo. Marx utilizou o método dialético para explicar as mudanças importantes ocorridas na história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado fato histórico, ele procurava seus elementos contraditórios, buscando encontrar aquele elemento responsável pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo histórico.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Materialismo_dial%C3%A9tico

PRAXIS

Praxis (do grego πράξις) é o processo pelo qual uma teoria, lição ou habilidade é executada ou praticada, se convertendo em parte da experiência vivida. Na Sociologia pode ser resumida como as atividades materiais e intelectuais exercidas pelo homem que contribuem à transformação da realidade social.
Enquanto que no ensino uma lição é apenas absorvida a nível intelectual no decurso de uma aula, as ideais são postas à prova e experimentadas no mundo real, seguidas de uma contemplação reflexiva. Desta maneira, os conceitos abstractos ligam-se com a realidade vivida.
A práxis é usada por educadores para descrever um panorama recorrente através de um processo cíclico de aprendizagem experimental, como no ciclo descrito e popularizado por David Kolb.

Vital Farias

Vital Farias nasceu no dia 23 de janeiro de 1943, caçula de 14 irmãos. Fez seus primeiros estudos em casa, com seus irmãos mais velhos, lendo folhetos de cordel, ainda na Pedra D'Água, sítio onde nasceu, no município de Taperoá - Paraíba. Logo depois, começou seus contatos com a cidade de Taperoá, onde cursou o primário no Grupo Escolar Felix Daltro. Fez exame de admissão e parte do ginásio na Escola Professor Minervino Cavalcanti, para João Pessoa para servir o exército brasileiro (15º Regimento de Infantaria), onde passou dez meses e quinze dias. Saindo do exército, continuou seus estudos no Liceu Paraibano em plena ditadura militar. Nesse tempo já compunha e já se sentia um cantador, pois as suas origens reclamavam da cultura do seu povo e trazia nas suas memórias, desde criança, muitas cenas em Taperoá e nos sertões vizinhos da profunda covardia do sistema capitalista que esmaga e oprime o trabalhador. Mas, por força das circunstâncias "lei da sobrevivência" formou um conjunto de iê-iê-iê juntamente com Floriano, Cecílio Ramalho e Golinha ao estilo The Beatles, que na época incendiou com suas canções belíssimas o mundo inteiro. Apesar disso, Vital não se esqueceu das cantigas de seu povo, e paralelamente desenvolvia um trabalho onde contemplava suas origens.Na década de 70 foi professor do estado, ministrando aulas de teoria e violão por música, tendo como orientador Fidja Siqueira, Pedro Santos, Gerardo Parentes, Bento da Gama, entre outros. Paulatinamente conviveu e participou no Teatro Santa Rosa de vários trabalhos teatrais: ora como músico, ora como ator, ora como criador. Realizou alguns trabalhos de cinema. Com essa experiência, anos depois já no eixo Rio-São Paulo participou do premiadíssimo filme O HOMEM QUE VIROU SUCO (primeiro lugar no festival internacional de Moscou-1981). Atuou como diretor musical e roteirista poético.Em 1975 rumou para o Rio de Janeiro. Lá chegando, participou da peça do Diretor Luis Mendonça LAMPIÃO NO INFERNO juntamente com Pedro Osmar, seu companheiro de viagem e ex-aluno, Elba Ramalho, Tânia Alves, Kátia de França Imara Reis, Tonico Pereira, Madame Satã, Hélio Guerra, Joel Barcelos, Walter Breda, Damilton Viana, entre outros. Por outro lado, seguia seu sonho de poeta-cantador, compondo, participando das questões sociais e políticas do Brasil, chegando a participar da peça GOTA DÁGUA, de Chico Buarque e Paulo Pontes, seu amigo. Continuou, como sempre, alimentando seu desejo. Fez vestibular na CESGRANRIO, onde foi aprovado para o curso da Faculdade de Música, onde se formou em 1981. Nesse espaço de tempo teve orientação de arranjo e regência com os professores e Maestros Radamés Gnatali e José Alves de Sousa, ex-padre e professor-diretor da faculdade de música.Em 1978 faz na Polygram seu primeiro LP (VITAL FARIAS). Laureado por toda crítica brasileira, inclusive pela maior autoridade da crítica especializada no país José Ramos Tinhorão - historiador e crítico do Jornal do Brasil. Durante todo esse tempo, Vital continuou lendo, debatendo, fazendo palestras, cantorias. Seu trabalho, como é do conhecimento de todos nós, é um trabalho polêmico no que concerne ao Humano, Social, Político, Ecológico etc.
Músicas:
SAGA DE SEVERININ
Peço a atenção dos senhores Pra história que eu vou contar
Falo de Severinin lavrador tão popular
Que morava numa palhoça
E cultivava uma roça perto de Taperoá
E Severinin todo dia lavrava a terra macia
E terra lavrada é poesia
Mexe com mão na terra
Sobe esta serra corta esse chão
Planta que a planta ponte
Por esses montes lã de algodão
Severinin vivia até feliz
Enchendo os olhos com bem d'rais
E mesmo a plantação tava bonita em flor
E ao seu lado a sua companheira
Tinha o seu amor
Mas como diz o ditado e haverá de se esperar
Depois de tudo plantado
Fazendeiro pede pra Severinin desocupar
Já tinha até fruta madura
Jirimum enrramando no terreiro
E tinha até um passarinho
Que além de ser seu vizinho
Ficou muito companheiro
Chega tanta incerteza
A alma presa quer se soltar
Luta, luta sozinho
Qual o caminho de libertar
Severinin ficou sozinho e só
Ingratidão não pode suportar
Correu para o sul
De uma vez por todas
De uma vez por todas
Desabar
Ai, que saudade d'ocê

Não se admire se um dia um beija-flor invadir
A porta da tua casa, te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo ai que saudade d'ocê
Se um dia você lembrar escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio com frases dizendo assim:
"Faz tempo que eu não te vejo,quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijos, ai que saudade sem fim."
E se quiser recordar daquele nosso namoro
Quando eu ia viajar você caía no choro
Eu chorando pela estrada mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina eu gosto mesmo é d'ocê
Fonte:
http://www.vitalfarias.hpg.ig.com.br/
http://www.mpbnet.com.br/musicos/vital.farias/index.html

Karl Marx


Karl Heinrch Marx, filósofo e economista alemão, nasceu em Trier (atual Alemanha Ocidental) a 5 de maio de 1818. Estudou na Universidade de Berlim , interessando-se principalmente pelas idéias do filósofo Hegel. Formou-se pela Universidade de Iena em 1841.Em 1842 assumiu o cargo de redator – chefe do jornal alemão Gazeta Renana , editado em colônia onde tinha a postura de um liberal radical.Ele queria descobrir a causa dos conflitos de classes provocadas pela revolução Industrial e o meio de os resolver .Algumas influências no desenvolvimento do pensamento de Marx: leitura crítica da filosofia de Hegel ( método dialético ) , contato com o pensamento socialista francês e inglês. ( uma transformação social total ) No ano de 1843 transferiu-se para Paris. Lá conheceu Engels , um radical alemão de quem se tornaria amigo íntimo e com quem escreveria vários ensaios e livros. Sua doutrina ,a revolução tinha de se realizar não só na França e na Inglaterra, mas em todo mundo civilizado ( universal ).De 1845 a 1848 viveu em Bruxelas, onde participou de organizações clandestinas de operário e exilados .Em 1847 redigiu com Engels O Manifesto Comunista , da teoria que , mais tarde ,seria chamada de marxismo. No Manifesto Marx convoca o proletariado à a luta pelo socialismo . Em 1848 , quando eclodiu o movimento revolucionário em vários países europeus , Marx voltou para Alemanha .Em 1864 Marx fundou , a Associação Internacional dos Trabalhadores , depois chamada Primeira Internacional dos Trabalhadores com o objetivo de organizar a conquista do poder pelo proletariado em todo o mundo . Em 1867 publicou o 1º volume de sua obra mais importante,O Capital livro,em que faz uma crítica ao capitalismo e a sociedade burguesa .Marx é o principal idealizador do socialismo e do comunismo revolucionário . O marxismo – conjunto das idéias político – filosóficas de Marx – propunha a derrubada da classe dominante , a burguesia , através de uma revolução do proletariado . Marx criticava o capitalismo e seu sistema de livre empresa que , segundo ele, pelas contradições econômicas internas , levaria a classe operária à miséria . Propunha uma sociedade na qual os meios de produção fossem de toda a coletividade .

FONTE: http://pt.shvoong.com/humanities/483038-biografia-karl-marx-1818-1883/

Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt foi fundada em 1924 por iniciativa de Félix Weil, filho de um grande negociante de grãos de trigo na Argentina. Antes dessa denominação tardia (só viria a ser adotada, e com reservas, por Horkheimer na década de 1950), cogitou-se o nome Instituto para o Marxismo, mas optou-se por Instituto para a Pesquisa Social. Seja pelo anticomunismo reinante nos meios acadêmicos alemães nos anos 1920-1939, seja pelo fato de seus colaboradores não adotarem o espírito e a letra do pensamento de Marx e do marxismo da época, o Instituto recém-fundado preenchia uma lacuna existente na universidade alemã quanto à história do movimento trabalhista e do socialismo. Carl Grünberg, economista austríaco, foi seu primeiro diretor, de 1923 a 1930. O órgão do Instituto era a publicação chamada Arquivos Grünberg. Horkheimer, a partir de 1931, já com título acadêmico, pôde exercer a função de diretor do Instituto, que se associava à Universidade de Frankfurt. O órgão oficial dessa gestão passou a ser a Revista para a Pesquisa Social, com uma modificação importante: a hegemonia era não mais da economia, e sim da filosofia. A Teoria Crítica realiza uma incorporação do pensamento de filósofos "tradicionais", colocando-os em tensão com o mundo presente.


Principais Filósofos da Escola de Frankfurt

Max Horkheimer
Max Horkheimer nasceu em 1885, Stuttgard, e faleceu em 1973. Como todos os intelectuais da Escola de Frankfurt, era judeu de origem, filho de um industrial - Mortitz Horkheimer -, e ele próprio estava destinado a dar continuidade aos negócios paternos. Por intermédio de seu amigo Pollock, Horheimer associou-se em 1923 à criação do Instituto para a Pesquisa Social, do qual foi diretor, em 1931 sucedendo o historiador austríaco Carl Grünberg.

Theodor Adorno
Theodor Wiesengrund Adorno nasceu em 1903 em Frankfurt, filho de pai alemão - um próspero negociante de vinhos, judeu assimilado - e mãe italiana. Cedo em sua vida intelectual, descobriu a obra de Kant por intermédio de seu amigo Kracauer, especialista em sociologia do conhecimento, que viria a se notabilizar com a publicação da obra De Caligari a Hitler, sobre as relações entre o cinema e o nazismo. Adorno vinha de um meio de musicistas e amantes de músicas e logo se orientou para a estética musical. Com o fim da Guerra, Adorno é um dos que mais desejam o retorno a Frankfurt, tornando-se diretor-adjunto do Instituto Para Pesquisa Social e seu co-diretor em 1955, com a aposentadoria de Horkheimer, Adorno torna-se o novo diretor.

Herbert Marcuse
Herbert Marcuse nasceu em Berlim numa família de judeus assimilados. Foi membro do Partido Sicial-Democráta Alemão entre 1917 e 1918, tendo participado de um Conselho de Soldados durante a revolução berlinence de 1919, na seqüência da qual deixou o partido. Estudou filosofia em Berlim e Freiburg, onde conheceu os filósofos e professores de filosofia Husserl e Heidegger e se doutorou com a tese "Romance de artista".

HORKHEIMER
Materialismo e Moral - Neste trecho do ensaio de 1933, Horkheimer, fala da nessecidade de reunificar ética e política, sentimentos morais e transformação social.
Teoria Tradicional e Teoria Crítica- Neste texto, de 1937, Horkheimer mostra a indivisão entre a teoria conceitual e práxis social. A teoria Crítica reunifica razão pensamento duralista que separa sujeito e objeto de conhecimento. Teoria Crítica Ontem e Hoje -Horkheimer apresenta nesse texto de 1970 as características de sua Teoria Crítica: filosofia e religião, teologia e revolução devem ser coadjuvantes.
A Dimensão Estética - A arte possui um tônus revolucionário especial: não pode mudar a sociedade mas é capas de transformar a consciência daqueles que modificam o mundo. Isso porque indica um "princípio de realidade" incompatível com a coerção política e psíquica.

FONTE: http://pessoal.portoweb.com.br/jzago/frankfurt.htm

A3P

A3P
A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P - é um programa que visa implementar a gestão socioambiental sustentável das atividades administrativas e operacionais do Governo. A A3P tem como princípios a inserção dos critérios ambientais; que vão desde uma mudança nos investimentos, compras e contratação de serviços pelo governo; até uma gestão adequada dos resíduos gerados e dos recursos naturais utilizados tendo como principal objetivo a melhoria na qualidade de vida no ambiente de trabalho.
A A3P é uma decisão voluntária respondendo à compreensão de que o Governo Federal possui um papel estratégico na revisão dos padrões de produção e consumo e na adoção de novos referenciais em busca da sustentabilidade socioambiental. O programa tem como diretriz a sensibilização dos gestores públicos para as questões socioambientais, estimulando-os a a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental nas atividades administrativas, por meio da adoção de ações que promovam o uso racional dos recursos naturais e dos bens públicos, o manejo adequado e a diminuição do volume de resíduos gerados, ações de licitação sustentável/compras verdes e ainda ao processo de formação continuada dos servidores públicos.
A Agenda se fundamenta nas recomendações do Capítulo IV da Agenda 21 que indica aos países o “estabelecimento de programas voltados ao exame dos padrões insustentáveis de produção e consumo e o desenvolvimento de políticas e estratégias nacionais de estímulo a mudanças nos padrões insustentáveis de consumo”; no Princípio 8 da Declaração do Rio/92 que afirma que “os Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e consumo e promover políticas demográficas adequadas”; e ainda na Declaração de Johannesburgo que institui a "adoção do consumo sustentável como princípio basilar do desenvolvimento sustentável".
A A3P é um convite ao engajamento individual e coletivo para a mudança de hábitos e a difusão da ação. Nesse sentido, convidamos você a repensar a sua atuação pessoal e profissional, visando à construção de uma nova cultura institucional.

Fonte:http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=36&idConteudo=8862&idMenu=9617

AGENDA 21

AGENCIA 21 BRASILEIRA

A Agenda 21 Brasileira é um processo e instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico. O documento é resultado de uma vasta consulta à população brasileira, sendo construída a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Trata-se, portanto, de um instrumento fundamental para a construção da democracia participativa e da cidadania ativa no País.
A primeira fase foi a construção da Agenda 21 Brasileira. O documento foi concluído em 2002.
A partir de 2003, a Agenda 21 Brasileira não somente entrou na fase de implementação assistida pela CPDS, como também foi elevada à condição de Programa do Plano Plurianual, (PPA 2004-2007), pelo atual governo. Como programa, ela adquire mais força política e institucional, passando a ser instrumento fundamental para a construção do Brasil Sustentável, estando coadunada com as diretrizes da política ambiental do Governo, transversalidade, desenvolvimento sustentável, fortalecimento do Sisnama e participação social e adotando referenciais importantes como a Carta da Terra.
Portanto, a Agenda 21, que tem provado ser um guia eficiente para processos de união da sociedade, compreensão dos conceitos de cidadania e de sua aplicação, é hoje um dos grandes instrumentos de formação de políticas públicas no Brasil.
No âmbito do Programa Agenda 21, as principais atividades realizadas em 2003 e 2004 refletem a abrangência e a capilaridade que a Agenda 21 está conquistando no Brasil. Estas atividades estão sendo desenvolvidas de forma descentralizada, buscando o fortalecimento da sociedade e do poder local e reforçando que a Agenda 21 só se realiza quando há participação das pessoas, avançando, dessa forma, na construção de uma democracia participativa no Brasil.
foram efetivadas parcerias e convênios com o Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Ministério das Cidades, Ministério da Cultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Integração Nacional, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério de Minas e Energia; Fórum Brasileiro das ONGs para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento; Confea/CREA, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e prefeituras brasileiras.

FONTE: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=908


AGENDA 21 DE MARACANAÚ

O início do processo ocorreu em março de 2001, através da constituição do Fórum, conforme Lei Municipal nº882, de 18 de dezembro de 2001. O trabalho começou a ser implementado a partir da sensibilização da comunidade, através de seminários e reuniões setoriais, seguindo a metodologia do Passo a Passo e observando os princípios e estratégias da Agenda 21 Brasileira. As atividades foram paralisadas em 2002, após a etapa de elaboração do plano de ação estratégico. Em agosto de 2005, as atividades foram retomadas com a constituição de uma nova Comissão Coordenadora do Fórum. Tendo através da Portaria nº 597, de 30 de maio de 2007, a nomeação de membros divididos entre Sociedade Civil Organizada e Governo.O Fórum Geral foi realizado no dia 29 de novembro de 2008 no Centro Cultural Dorian Sampaio, onde fizeram-se presentes todos os cento e vinte representantes das ADL's, 28 membros do COMDEMA, 14 membros da Comissão Coordenadora do Fórum, Prefeito e Secretariado, representantes dos órgãos ambientais do Governo do Estado e representantes do Ministério do Meio Ambiente, para discutir e validar as propostas contidas no Plano de Desenvolvimento Estratégico. Onde as potencialidades e vulnerabilidades apresentadas pelas comissões constituídas, refletem as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças, respectivamente, ao desenvolvimento político, econômico, social, ambiental e cultural do município de Maracanaú. As ações propostas neste documento vêm de encontro com as demandas inerentes aos entraves à sustentabilidade do município de Maracanaú.Público alvo: Comunidades residentes nas Áreas de Desenvolvimento Local – ADL (divisão territorial para implementação de políticas públicas no município).Atividades desenvolvidas nas ADL'S: elaboração de diagnóstico, através da identificação das potencialidades e vulnerabilidades existentes em cada comunidade; criação do Plano de Ação Estratégica; visitas às entidades para sensibilização e mobilização; reuniões por comissões temáticas; seminários, apresentações e debates.

FONTE: http://www.maracanau.ce.gov.br/meio-ambiente/agenda-21-de-maracanau.html

domingo, 23 de maio de 2010

Aula de Campo - Parque do Cocó e Comunidade Dias Macedo (Fortaleza-CE)



Na data 26 de março de 2010, nós, alunos do IFCE (Instituto Federal do Ceará – Campus Maracanaú), realizamos duas visitas técnicas. Inicialmente visitamos o Parque Ecológico do Rio Cocó, sua área compreende o trecho da BR-116 à foz do Rio Cocó, localizado no Município de Fortaleza, Estado do Ceará, perfazendo um total de 1.155,2 hectares . O Parque Ecológico do Cocó está em processo de adequação ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Em seguida, fomos para a comunidade Dias Macedo.

O Parque Ecológico do Cocó é uma área de conservação, um parque estadual da vida natural localizado no meio da cidade. Tem esse nome devido ao rio que forma o bioma de mangue, o rio Cocó. O primeiro ponto do rio Cocó a ter sido protegido e aparelhado foi criado em 29 de março de 1977 declarado de utilidade pública para desapropriação. Em 11 de novembro de 1983 o decreto municipal número 5.754 deu a denominação de Parque Adhail Barreto. Em 5 de setembro de 1989 o decreto estadual número 20.253 cria o Parque Ecológico do Cocó e expandido em 8 de junho de 1993 atualmente abrange uma área de 1.155,2 hectares.


ASPECTOS BIÓTICOS:

Fauna e Flora do Cocó
Sua exorbitante fauna e flora é um espetáculo em meio o caos urbano que a cerca. Basta entrar no Cocó e saber o porquê de sua estima para as gerações futuras. A sua fauna é composta por mais de 100 espécies. Algumas espécies são exclusivas do Cocó. No entanto, o desmatamento, o aterramento, a poluição e as construções em áreas irregulares estão cada vez mais reduzindo. Construções sem muitas contestações devido ao progresso desordenado.
as espécies vegetais mais dominantes são os mangues Rhizophora mangle L, Avicenia Schaveriana Stapf. e Leech, e Laguncularia racemosa.
O manguezal do Rio Cocó em seus trechos preservados formam uma mata de mangues de rara beleza, situado no coração de Fortaleza onde várias espécies de moluscos, crustáceos, peixes, répteis, aves e mamíferos compõem cadeias alimentares com ambientes propícios para reprodução, desova, crescimento e abrigo natural.


ASPECTOS ABIÓTICOS:

Solos e Recursos Hídricos
No parque podemos identificar várias unidades geoambientais, tais como: planície litorânea, planície flúvio-marinha e superfície dos tabuleiros litorâneo. A planície litorânea está caracterizada por duas feições geomorfológicas distintas, mas intrinsecamente relacionadas: as praias e as dunas fixas e móveis.
A planície flúvio-marinha, ocupa desde os trechos do rio localizados na BR-116 até a sua foz, onde forma um estuário. Nessas áreas, pelas condições adversas, com alta salinidade da água e do solo, níveis muito baixos de oxigênio no solo, freqüentes inundações pela maré alta.


ASPECTOS SOCIO-ECONÔMICOS:

A área mais afetada do Cocó pela degradação de construções se dá nos bairros nobres. Uma em especial chama a atenção pelo grau de ousadia em sua concepção e de alto índice de desmatamento e aterramento. O Shopping Iguatemi e suas vias de acesso ao estacionamento foram erguidos sobre aterramentos de lagoas de salinas e do mangue, ocasionando perdas de valor precioso para o equilíbrio do estuário. O Iguatemi é o maior símbolo do desrespeito da força do poder econômico individual perante a grandiosidade da coletividade da vida. O valor ecológico do Cocó para a cidade vai muito além os dos serviços prestados no shopping, não há como comparar, mas o Cocó atua no controle de enchentes, na preservação da biodiversidade, no desenvolvimento da pesca, na importância paisagística, no controle do clima, no espaço de lazer, turística e educação ambiental, sendo o principal recurso hídrico com o manguezal e sua planície de inundação que fazia parte a área construída do Iguatemi.


COMUNIDADE DIAS MACEDO

Conhecemos as instalações dos trabalhos que são feitos na comunidade do Dias Macedo. Envolvem trabalhos de tratamento de esgoto, inclusão digital e biblioteca aberta para os moradores. Além desses trabalhos feitos em prol da comunidade existem um laboratório de pesquisa e uma pequena estufa.


Aspectos Relevantes:
• Positivos:

Os aspectos positivos dessa área de extensão são:
Melhorias nas condições de saneamento básico
Inclusão digital
Biblioteca aberta aos moradores da comunidade
A questão das pesquisas que são feitas no laboratório com bons equipamentos e uma pequena estufa para realização da hidroponia.

• Negativos:

Um dos aspectos negativos é que são poucas as pessoas que estão trabalhando no projeto, pelo fato de ainda estar em trabalho de crescimento e desenvolvimento.

Visita técnica a Gerdal


Nós, alunos do IFCE - Campus Maracanaú, tivemos a oportunidade de visitarmos a empresa Gerdal.


O Grupo Gerdau, maior produtor de aços longos das Américas, vai investir R$ 83 milhões na expansão e na atualização tecnológica da Gerdau Cearense, usina siderúrgica localizada em Maracanaú (CE). O novo ciclo de investimentos, programado para os próximos cinco anos, irá ampliar a produção anual da unidade em 50%, de 100 mil toneladas para 150 mil toneladas. Também aumentará a produtividade na linha industrial em 43%, além de ampliar a qualidade dos produtos da Gerdau Cearense, destinados para os setores da construção civil e da indústria. Os investimentos estão voltados ainda para a modernização de equipamentos de proteção ambiental e projetos sociais junto à comunidade.

O principal destaque do programa é o novo forno de reaquecimento a gás natural da laminação, no valor de R$ 7,5 milhões. O equipamento aquece os tarugos provenientes da aciaria para que eles possam ser transformados em produtos finais para os setores da construção civil e da indústria, como vergalhões, barras e cantoneiras. Um dos diferenciais do novo forno totalmente automatizado é a adaptação da temperatura de aquecimento, que varia de 1.050oC a 1.150oC, conforme o tipo de aço. Com o investimento, a capacidade de produção da unidade, nesta etapa da produção, crescerá de 20 toneladas por hora para 40 toneladas por hora.

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PRINCIPAIS INVESTIMENTOS

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Principais etapas do processo industrial passarão por modernização

Pátio de sucata
A Gerdau Cearense transforma 100% da sucata ferrosa gerada no Estado de Ceará em aço. Também utiliza a sucata de outros estados, desde o Rio Grande do Norte até o Amazonas, contribuindo para a limpeza das cidades e a geração de empregos na coleta do insumo.

Na área onde a sucata é preparada para ingressar no forno, serão instaladas novas prensas e tesouras mecânicas, para ampliar a capacidade de processamento e de limpeza da matéria-prima.

Aciaria
O principal destaque do programa é a instalação de um novo forno elétrico de 25 toneladas, utilizado para a transformação da sucata ferrosa – principal matéria-prima da unidade – em aço líquido. Incorpora tecnologias avançadas, como o Excentric Bottom Tapping (EBT), o qual agrega principalmente qualidade aos produtos e mais agilidade no processo produtivo.

Também haverá a modernização do lingotamento contínuo, onde o aço líquido é solidificado na forma de tarugos. Com o investimento, os tarugos passarão a ser produzidos com uma bitola maior, de 120 mm X 120 mm, o que se traduz em mais produtividade e eficiência operacional.

Laminação
Nesta etapa do processo siderúrgico, ocorrerá a atualização tecnológica da automação do laminador, para ampliar a qualidade dos produtos destinados aos setores da construção civil e da indústria. Na laminação, os tarugos são transformados em produtos finais – como vergalhões, barras e cantoneiras.

Logística
O novo patamar de produção da Gerdau Cearense também exigirá melhorias na logística interna da usina para facilitar o recebimento das matérias-primas e o escoamento da produção, com a construção de novos acessos pavimentados e portarias, além da aquisição de novos equipamentos de transporte industrial.

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INVESTIMENTOS AMBIENTAIS

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Serão destinados R$ 7 milhões para a atualização tecnológica
dos equipamentos de proteção do ar e das águas.
Para reforçar suas práticas de ecoeficiência, o Grupo Gerdau investirá R$ 6 milhões na atualização tecnológica dos equipamentos de proteção do ar na usina. O sistema de despoeiramento da aciaria, que filtra partículas sólidas e gases gerados no processo produtivo, passará por um processo de ampliação: a casa de filtros será duplicada – alcançando a marca de mil filtros – e haverá a instalação de uma nova coifa, com capacidade de captação de 800 mil metros cúbicos.

Atualmente, os recursos hídricos são protegidos pelo sistema de tratamento e recirculação de águas, os quais asseguram que 100% das águas utilizadas no processo produtivo retornem à linha industrial, permitindo que ela não seja enviada para os rios. Devido ao novo patamar de produção da usina, está previsto um investimento de R$ 1 milhão no ajuste do sistema de tratamento e recirculação das águas industriais, cuja vazão e capacidade de troca térmica em toda a planta crescerá de 900 para 2100 metros cúbicos/hora.