Nós, alunos do IFCE - Campus Maracanaú, tivemos a oportunidade de visitarmos a empresa Gerdal.
O Grupo Gerdau, maior produtor de aços longos das Américas, vai investir R$ 83 milhões na expansão e na atualização tecnológica da Gerdau Cearense, usina siderúrgica localizada em Maracanaú (CE). O novo ciclo de investimentos, programado para os próximos cinco anos, irá ampliar a produção anual da unidade em 50%, de 100 mil toneladas para 150 mil toneladas. Também aumentará a produtividade na linha industrial em 43%, além de ampliar a qualidade dos produtos da Gerdau Cearense, destinados para os setores da construção civil e da indústria. Os investimentos estão voltados ainda para a modernização de equipamentos de proteção ambiental e projetos sociais junto à comunidade.
O principal destaque do programa é o novo forno de reaquecimento a gás natural da laminação, no valor de R$ 7,5 milhões. O equipamento aquece os tarugos provenientes da aciaria para que eles possam ser transformados em produtos finais para os setores da construção civil e da indústria, como vergalhões, barras e cantoneiras. Um dos diferenciais do novo forno totalmente automatizado é a adaptação da temperatura de aquecimento, que varia de 1.050oC a 1.150oC, conforme o tipo de aço. Com o investimento, a capacidade de produção da unidade, nesta etapa da produção, crescerá de 20 toneladas por hora para 40 toneladas por hora.
PRINCIPAIS INVESTIMENTOS
Principais etapas do processo industrial passarão por modernização
Pátio de sucata
A Gerdau Cearense transforma 100% da sucata ferrosa gerada no Estado de Ceará em aço. Também utiliza a sucata de outros estados, desde o Rio Grande do Norte até o Amazonas, contribuindo para a limpeza das cidades e a geração de empregos na coleta do insumo.
Na área onde a sucata é preparada para ingressar no forno, serão instaladas novas prensas e tesouras mecânicas, para ampliar a capacidade de processamento e de limpeza da matéria-prima.
Aciaria
O principal destaque do programa é a instalação de um novo forno elétrico de 25 toneladas, utilizado para a transformação da sucata ferrosa – principal matéria-prima da unidade – em aço líquido. Incorpora tecnologias avançadas, como o Excentric Bottom Tapping (EBT), o qual agrega principalmente qualidade aos produtos e mais agilidade no processo produtivo.
Também haverá a modernização do lingotamento contínuo, onde o aço líquido é solidificado na forma de tarugos. Com o investimento, os tarugos passarão a ser produzidos com uma bitola maior, de 120 mm X 120 mm, o que se traduz em mais produtividade e eficiência operacional.
Laminação
Nesta etapa do processo siderúrgico, ocorrerá a atualização tecnológica da automação do laminador, para ampliar a qualidade dos produtos destinados aos setores da construção civil e da indústria. Na laminação, os tarugos são transformados em produtos finais – como vergalhões, barras e cantoneiras.
Logística
O novo patamar de produção da Gerdau Cearense também exigirá melhorias na logística interna da usina para facilitar o recebimento das matérias-primas e o escoamento da produção, com a construção de novos acessos pavimentados e portarias, além da aquisição de novos equipamentos de transporte industrial.
INVESTIMENTOS AMBIENTAIS
Serão destinados R$ 7 milhões para a atualização tecnológica
dos equipamentos de proteção do ar e das águas.
Para reforçar suas práticas de ecoeficiência, o Grupo Gerdau investirá R$ 6 milhões na atualização tecnológica dos equipamentos de proteção do ar na usina. O sistema de despoeiramento da aciaria, que filtra partículas sólidas e gases gerados no processo produtivo, passará por um processo de ampliação: a casa de filtros será duplicada – alcançando a marca de mil filtros – e haverá a instalação de uma nova coifa, com capacidade de captação de 800 mil metros cúbicos.
Atualmente, os recursos hídricos são protegidos pelo sistema de tratamento e recirculação de águas, os quais asseguram que 100% das águas utilizadas no processo produtivo retornem à linha industrial, permitindo que ela não seja enviada para os rios. Devido ao novo patamar de produção da usina, está previsto um investimento de R$ 1 milhão no ajuste do sistema de tratamento e recirculação das águas industriais, cuja vazão e capacidade de troca térmica em toda a planta crescerá de 900 para 2100 metros cúbicos/hora.
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